12 de setembro de 2010

Em falando de heróis, mitos e lendas (ah e brasileira ainda por cima, o que é raro em nosso brasilzão) + a junção de um dos 7pecados capitais (de preferência a preguiça) terá...


MACUNAÍMA


Macunaíma é uma historia do escritor brasileiro Mário de Andrade lançada em 1928 é considerado um dos grandes romances modernistas do Brasil.

O herói é totalmente diferente do que aquilo que nós estamos acostumados a ver em historias ou em filmes. Ele era diferente em todos os aspectos, no inicio do livro (e também no inicio do filme) mostra esta diferença para todos aqueles heróis da gringa que vemos por ai. Uma prova de ser tão diferente é que d

e tão preguiçoso, ele só começa a falar aos seis anos de idade, e a primeira coisa que ele fala é "Ai que preguiça" que é a frase em que o Larte faz na peça para o laboratório que será apresentado esta semana (provavelmente na terça 14/09).

Mário de Andrade, através do personagem Macunaíma, herói mitológico da Amazônia, faz uma montagem dos mais diversos fragmentos, combinando lendas indígenas com anedotas da historia brasileira. Reunindo a vida cotidiana das cidades do sul com os costumes do nordeste e norte.

Só que em minha opinião esta obra é um pouco difícil de entender (lendo duas vezes o livro ou vendo o filme chega se num resultado sobre o que o autor quer passar para seus leitores ou telespectadores). Mas a obra é um pouco confusa, no começo apresenta-se um herói selvagem brasileiro, que se transforma no decorrer do enredo inúmeras vezes: de criança feia vira um príncipe encantado, depois imperador do Mato Virgem, depois malandro na cidade de São Paulo, até transformar-se na constelação Ursa maior. Como uma espécie de busca simbólica do caráter nacional.

Dessa forma, o caráter múltiplo e defeituoso do personagem faz dele um anti-herói, o que analisado da maneira tal qual se fez até agora confirma e denuncia o título anunciado no início da obra e desta análise. Contudo, a obra de Mário de Andrade não se restringe somente a esse olhar. A segunda leitura que se pode fazer é forma-se a partir do estudo feito anteriormente, ou seja, diante de tantas qualidades, de inúmeros adjetivos, o herói passa a ser um individuo sem tradição, sem originalidade.

Mario de Andrade ao criar este desfecho expressa na obra à fraqueza da identidade brasileira por não compreender a sua inigualável riqueza sociocultural. É com essa contradição que se pode absorver a essência do epíteto dado a Macunaíma, representante da nação brasileira, aquele que tinha inerente em si a qualidade de herói, mas não a consumia em seu viver por completo por deixar-se influenciar pelos heróis de outros povos. Contudo, o autor finaliza a obra deixando claro que mesmo diante de toda deficiência cultural nacional, acredita no Brasil e declara a possibilidade de construir-se a verdadeira e original cultura brasileira.


*Fonte: Wikipedia

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